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Aviso Importante:
(O Porto Feminino é um blog sem fins lucrativos, que existe desde 2007. Todos os textos foram escritos por Carolina Miranda, e são portanto de autoria original. Não existe qualquer vínculo entre o Porto Feminino e o Porto Feminino Shop).
Sobre o Porto
O Porto Feminino nasceu primeiramente da minha necessidade pessoal de reflexão. Resolvi então escrever, mas fazê-lo publicamente, através de um veículo fácil, pra que essa reflexão fosse enriquecida por possíveis diálogos. Eu nunca fui muito boa em manter diários quando eu era pequena apesar de eu sempre gostar de escrever. Eu sempre fui boa em dialogar, e hoje entendo que os diários me limitavam, pois não havia a presença do elemento comunicativo, algo que levasse minhas reflexões além de mim mesma.
Percebi também que muitos dos meus questionamentos são em várias instâncias, universais. Que muitas mulheres que eu conheço, passam por dificuldades em fazer escolhas que estão no cerne da sua condição feminina, como a questão de se ter filhos. O problema é que deixamos de ser apenas animais há muito tempo, e hoje ser mulher significa uma coisa completamente diferente do que significava há 4000, 400 ou até mesmo 40 anos atrás.
Resolvi explorar então em público, as possibilidades do meu ser, e tentar entender um pouco mais se eu realmente sinto que tenho um compromentimento com a maternidade, apenas pelo fato de ser mulher. Se existem escolhas diferentes de vida que possam ser feitas, embora cada sociedade nos pressione com os estereótipos de sua cultura.
Noto cada vez mais que o meu questionamento vai em busca de um aceitamento pessoal reflexivo, que me permita dicernir o que é realmente natural na minha vida, e o que é uma construção social da qual eu talvez não mais faça parte.
Sem saber pra onde ir ou nem em que direção seguir, o Porto passou a ser um espaço estável pra eu ser honesta comigo mesma. É um espaço em que me permito focar o suficiente, continuando assim a prestar atenção em sinais vitais durante o meu caminho. Espero que outros possam usar esse porto, ou como ponto de partida pra sua própria jornada, ou como baldiação momentária de alguma outra viagem, ou simplesmente como um porto seguro, um porto finalmente feminino.
- Carolina Miranda
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